sexta-feira, 30 de abril de 2010

Florão da pátria

Bem vindo ao epicentro dos destros
Gigantes ondas privativas que varrem todos os hemisférios
Locam e não compram automóveis de uso público
E em licitações amigáveis dividem os lucros

Que luxo! Quantos quilates têm sua privada?
Em seu frigobar só água mineral, e não encanada.
Tipo aquela mesma que passa por algum colégio
No rótulo. Beba esta junto ao remédio

Ordem e progresso, mas progresso para os ricos.
Ordem para os pobres em sua fila rumo ao precipício
O mesmo onde é jogado o lixo hospitalar
Se não morrerem na queda, ainda há a chance de se contaminar.

Deixa pra lá... Em jornais não vejo isto estampados
Mas é claro o governo é fabricante de jornais de 25 centavos
Jovens com estatos, porém não são lembrados.
Pois na primeira página apareceram com seus rostos desfigurados

Páginas do diabo. A morte por uma cédula
Os mesmos que matam, retratam e arrecadam com a tragédia.
Largue sua terra. Bem vindo à dinastia do medo
Falta médico, equipamento e até mesmo leito.

Um alto preço... Condução, sucatas paulistas.
É o tétano ambulante trafegando sobre as vias
Alegria, o florão da pátria é assim.
Transportada em um trem bala de festim.

Aborígine

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