quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Capital Desigual

De role no centro da capital do Brasil quem não viu?
Crianças dormindo no frio
lavador de carro Trampando no Sol a mil

Irmãos catando lata, jornal, papel e papelão.
Na esperança de garantir o pão e mais uma refeição
Por que quem ganhou seu voto esta metendo a mão

Enquadrando com a caneta milhares de famílias
Que no vai e vem da migração sofrem a ilusão
Ao se deparar com a real situação
Da realidade que não foi transmitida pela televisão

Na história negada
No trabalho escravo, na cidade na caça.
No trampo, na raça, nas ruas, nas praças, na fome que passa.
Infância perdida, desassistida, desnutrida.
Sofrendo com a com a síndrome da imunodeficiência adquirida
Viveram em um pais infanticida,
Onde se morre de fome e não por falta de comida,

Aqui se produz, mas do que se pode consumir.

Brasília capital de Niemayer, Lucio Costa, e JK
Foi em Diamantina que ele nasceu, mas a história quem escreveu distorceu, esqueceu e não descreveu
Não deixaram nos registros os operários que morreram e deram sumiço
Os vestígios do militarismo em conseqüência disso ficamos no prejuízo

Na cidade sem ruas, sem praças,
Isolados a prova de manifestação popular vamos lá
Nativos novos em formação fazer a revolução popular
Para mudar a exclusão Social disfarçada, maquiada,
A miséria ocultada para o turista não ver
Quando vier na capital do poder

Não perceber a real exclusão, a alienação do povo, diante dos lacaios da grilagem de terras exploradores da miséria, formadores de analfabetos políticos
que sustentam uma geração de ladrão
apoiados por uma falsa Política de habitação

Povo privado de informação sem memória, sem história,
Sem sucesso sem luta, sem conquistas sem glorias
E o resultado é esse sem revolta, sem indignação, sem paralisação sem, protestos, sem piquetes, fadado ao conformismo.
Na cidade da miscigenação cultural, Brasília Distrito federal
Capital da desigualdade Social

Tarcísio Pinheiro

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